segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tempos de Fuga

Não posso mais agüentar
Decidi fugir
Cansei-me de lutar
E com gente errada insistir

Não disfarço minha raiva
Tampouco minha tristeza
Máscaras que caíram com o peso
De quem hoje só merece meu desprezo

Um bom coração
Um perfil amigo
São minhas virtudes que valem a pena dizer

Como não gostar de mim?
Ou pior, como pude gostar deles?
São estas as perguntas que tento responder

Em alguns momentos, usar máscara é preciso
Mesmo que eu seja transparente
Nas alegrias e tristezas, um ser conciso
E numa reação alheia, jamais indiferente

Não me envergonho de fugir
E até poderia olhar para trás
Vendo o que abandonei
Sem me envergonhar jamais

Alguns podem mudar
E disso estou consciente
Mas as vezes precisamos correr do mundo
Para ver quem vai correr atrás da gente.


Reinaldo Vieira

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dez letras, mil palavras

Estado de graça, plenitude, contentamento. 
Ou popularmente dizendo, é a FELICIDADE. Que faz parte da vida de todos nós, sem exceções.

Sentimento que já se vê no semblante da pessoa, não dá pra se esconder. Um exemplo disso sou eu, seja na felicidade - com um sorriso de ponta a ponta -  ou na tristeza - com a cara mais murcha que existe -, indisfarçável.

Felicidade é algo muito relativo, as opiniões variam de cada um. 

Desde os desafios vencidos, até um simples abraço. Muitíssimas coisas podem servir de definição e fazer com que você ganhe o dia. Até mesmo saber do sofrimento que seu inimigo passa pode trazer felicidade a você (risos, porém FATO!)

Algumas vezes tenho medo de expressar contentamento, e dizer que "eu nunca estive tão feliz!"; a maioria das vezes que fiz isso, tudo foi por água abaixo e não foi fácil para que eu esquecesse e começasse uma nova etapa.
Do mesmo modo que também não é fácil me conter, pra evitar dizer ao mundo todo a felicidade que é sentida.

Sou muito feliz, apesar de alguns pesares isolados que nem vale a pena citar aqui. Assim como não valeria a pena também me preocupar com eles... 

Ah! E gosto de contribuir para a felicidade dos outros, isso também me ajuda e traz uma paz de espírito enorme.
Assim como jogar um futebol com os amigos, tomar um sorvete, tirar férias, falar e ter a  chance de ouvir um simples "Eu Te Amo" daquela pessoa especial, dar a volta por cima na vida, enfim... são coisas que valem muito.

Ninguém até hoje encontrou uma definição concreta para felicidade, mas eu ao menos tentei. E aqui ficam algumas das várias dicas pra sentir isso.

Além de perguntar a você, leitor:

Afinal, o que faz você feliz?

tipo aquela propaganda do Pão de Açúcar (risos)


terça-feira, 1 de setembro de 2009

99 anos de tradição, história e muito amor!

Olha a Fiel em festa! Salve o Corinthians!

Foi em 1º de Setembro de 1910, no bairro do Bom Retiro, em SP, nasceu à paixão. Cinco operários do bairro resolveram fundar um clube de futebol: o Sport Club Corinthians Paulista. Sem imaginar que um dia, tornaria-se um dos maiores do Brasil e do mundo.

Hoje, o Corinthians completa 99 anos de existência. A exatos 365 dias para o tão sonhado centenário, inicia-se a contagem regressiva para um ano de festas e glórias, como é de se esperar.

Vivemos um momento especial e diferente, nos últimos anos que se passaram; tempos de instabilidade, crises internas, e no ano passado o rebaixamento para a Série B do Brasileirão. Situações dignas de um verdadeiro inferno que vimos e superamos com justiça e muita raça.

Superação traduzida neste ano com títulos, vaga assegurada para a Libertadores da América - maior obsessão do corinthiano -, para cravar a volta por cima em definitivo.

Ah, Corinthians! E Não sabes o quanto eu te agradeço, sempre!

Por dar coragem ao pobre e humildade ao rico;

Por provar que é preciso lutar sempre, desistir jamais, sacudir a poeira e tentar novamente;
Por alegrar nossos domingos, segundas, terças, quartas, quintas, sextas, sábados;
Por nos ensinar o valor da lealdade e da solidariedade;
Por ser genuinamente brasileiro e ter a cara de nosso povo;


E principalmente, por representar emoções compartilhadas entre quase 30 milhões de fiéis. Dentre os quais estão inclusos família e grandes amigos, fortunados como eu por torcer para o melhor e o maior.
E é com eles que eu compartilho este amor que é um dos mais bonitos.

Um amor compartilhado da mesma forma que um grito de gol no estádio. Que reúne tantos fiéis quanto pode e enche-me de orgulho ao olhar para a arquibancada e ver a massa alvinegra indo ao delírio.

A cada dividida, no suor derramado, no gol conquistado. Coisas que legitimam o Corinthians como o time do povo, o “Coringão”.


Portanto amigo corinthiano, faça a festa!
Hoje é o nosso dia, o dia de colorir o Brasil em preto e branco!


♪ O guerreiro voltou, tá aí!
Eu que um dia chorei, vou sorrir!

Hoje o meu canto é de alegria, a Fiel é só folia
Eu sou CORINTHIANS, pode aplaudir! ♪



É o Campeão dos Campeões, eternamente dentro dos nossos corações.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Volta as aulas!


É lá que começamos a 'engatinhar' para o mundo, aprendendo alguns dos fundamentos mais básicos para a vida, como a leitura a escrita. Considero estes como os mais difíceis, sem contar que das suas etapas de treinamentos serem irresgatáveis em nossas mentes; não dá para lembrar como aprendemos a ler e a escrever, quase de uma hora para outra.

Nossas primeiras e boas amizades são feitas lá.
Amizades dos trabalhos em grupo, dos treinos de esporte ou simplesmente os grupos que se formavam durante as aulas provocando aquele murmurinho de deixar qualquer professor de cabelo em pé.
Pude viver muito disso por onde passei; bagunças feitas, segredos divididos, e brigas compradas, por exemplo.

Ah... e o básico de física, matématica, biologia, história e afins. Umas matérias até interessantes e outras que nunca suportei, principalmente matemática.

"Será que a maioria disso aí vai ser útil na minha vida?" É o que todos pensam sobre o que se aprende na escola, e com razão; terminada a escola, a gente fica meio 'enferrujado' e esquece de quase TUDO que aprendeu.
Tanto que olho meu irmão na sétima série hoje, e vejo em seu caderno coisas do tipo: equações de 1º e 2º grau, 'pi' radianos, verbo transitivo direto e indireto...

Deus do céu, esqueci de muita coisa! Estas aí são até inúteis, mas se vacilar não sei mais nem fazer continhas básicas. É tenso, mas é a realidade.

O bom da escola também é que não temos maiores responsabilidades, a não ser a de passar de ano; todos ainda são muito novos e carregam só o que podem suportar. Não adianta pressionar um aluno pelos primeiros e longos 13 anos de escola (tempo entre o 'pré' e o segundo ano do colegial).

Tem que dosar muito bem, ser leve e deixar curtir a vida. Mas nunca abrir mão de um puxão de orelha quando necessário.

Senão a pessoa fica muito mal-acostumada.

Isso é algo que ela vai sentir um pouco quando vier o último ano da escola. O mesmo que encerrei há quase um ano e oito meses atrás - vai completar neste mês, dia 14 -, foi bastante complicado.
Teve correria de todos os lados, várias tardes passadas na escola para estudar, a pressão do vestibular... sem contar o fato de ainda ter mudado de escola nesse ano.

Uma opção contra a minha vontade, é verdade. Mas não convém falar mais disto aqui.


Fiquei perdido durante a maior parte do ano, sem saber que carreira profissional seguir; a minha vontade mesmo - que apareceu alguns anos antes - era de seguir a carreira da bola, jogando futebol.
Não deu, e eu fiquei frustrado. Pensava em algo próximo, para amenizar isso.

Lembro que passava um filme em minha cabeça, todas as noites que ia dormir.
Era o filme que construi na escola, o longa-metragem que eu tanto admirei e soube construir, principalmente no começo do Ensino Médio. E por um instante temi que ele fosse forçado a continuar, trazendo tensão a quem o viu e acompanhou até ali - 'vulgo' família -, sem falhar.
Mas acordei a tempo (em todos os sentidos) e consegui terminar o que faltava.

Veio junto um choro, misturando felicidade, tristeza, e libertação. É bom admirar tudo de bom que fizemos, e saber que todo o tempo passado e sofrido - em alguns instantes - não foi em vão.
Agora poderia (e deveria) olhar sempre para frente, o mundo começava a partir dali.

Porém não dá para andar sem por um instante olhar para trás.
Mais difícil ainda é não sentir saudades desses tempos, e das amizades que se dispersaram após a escola e dificilmente voltam a se reencontrar.

Daqui a uma semana as escolas no Brasil voltam a ativa, e não adianta nem reclamar; as férias já foram muito prolongadas.

É, esse tempo de aulas me traz saudades.

Durou uma fração de segundo, mas o suficiente para se tornar eterno.

domingo, 12 de julho de 2009

Nossos primeiros amores

Coisas que todos possuem, e não há como negar.
Aqui lembraremos deles sempre, independente do que possam vir a nos suscitar.

O primeiro amor é um tema que varia muito da pessoa, não existe uma definição exata.
Existem os efêmeros, mas também existem os eternos. Contrariando até quem diz que nada é para sempre...

Pra começo de conversa, creio que ninguém aqui já nasceu amando uma cidade, um país, ator, músico, ou seja lá o que for.
Logo ao nascer e ao decorrer da vida, o primeiro e real amor de uma pessoa é a sua família. Natural, pois é a base de qualquer ser humano; alegria, aconchego e conselhos na melhor das inteções, para seguir firme adiante na vida. Eterno.

O time para o qual torcemos. Amor que vem do coração de cada um, é plantado na infância e daí em diante tende a crescer constantemente. Quando muito forte, nenhuma pessoa mais pode mudá-lo.
No meu caso sou corinthiano fanático (perdoem-me o pleonasmo), mas esse amor e interesse só explodiu mesmo aos 13 anos. Até então confesso que era mais por parte do pai, outro corinthiano.

Perguntei outro dia como seria se eu viesse a torcer para outro time. E me disse que seria o maior desgosto de sua vida (risos), seria algo muito difícil de aceitar, independente de mudar agora ou quando pequeno.
Se bem que no primeiro caso, é muito mais imperdoável; você pode trocar de casa, de carro, de país, enfim, de tudo... mas nunca troque de time. Aí você passa a ser um 'vira-casaca', um sujeito não confiável.

Namoradas(os). Agora cheguei ao ponto que muitos queriam; é o amor carnal compartilhado entre duas pessoas, e que relutamos em dizer que será para sempre.
O(a) primeiro(a) que surge é SEMPRE inesquecível, insistindo em permanecer em nossos corações até o fim.

Dividimos a nossa história com o outro, ao mesmo tempo que ajudamos a construí-la.
A primeira pessoa amada é um dos maiores passos para o nosso amadurecimento. Aceita nossas diferenças, e nos dá mais força para mudar, agradar e ser feliz sempre.
Porém quando o caso acaba, já inicia-se um abalo; é difícil aceitar uma perda, e não remoer o que cada um deixou de fazer para evitar o fim. Mais díficil ainda é não ter alguma queda pelo(a) primeiro(a) e recente 'ex'.

Hoje é um bom dia para que eu toque nesse assunto. Afinal há um ano atrás, nesse mesmo dia 12 de Julho começava a minha história com o meu primeiro amor.
É verdade que não durou muito, mas o suficiente para se tornar inesquecível.
Ainda penso muito nela, e tenho esperanças de reatarmos um dia.

Deixa marcas para os dois lados, e só se guarda o que foi bom. Cada um pode viver feliz, apesar de tudo, sabendo que sempre haverá aquela pessoa que tanto gostou dele(a).

Concluindo que estes são os três maiores casos de amor. E que na verdade, não existe uma escala para qualificar cada um.

Sim, e são os mais puros e verdadeiros.

Que tudo sofrem, acreditam, esperam, curam e suportam.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Reflexões ao nascer do amanhã

Madrugada.

Um dos melhores períodos do dia, na minha opinião.
É nela que as coisas fluem melhor, que a vida se mostra mais tranqüila, nos permitindo criar, ler, escrever, refletir, ouvir música, enfim... esse é o tempo que temos para fugir do estresse e pressões do dia-a-dia.

Não, caro leitor, acredito que minha vida não é nem um pouco tensa e agitada. Isso se for compará-la com a sua e a dos mais próximos ao meu redor. Fato.


E agora ainda não é madrugada para escrever genialidades ou simples pensamentos meus para quem está mais próximo, ou para quem irá ler isso. É questão de necessidade mesmo, e pelas condições externas desta sexta-feira, mais um dia de férias.
Dia chuvoso, frio, e passado unica e exclusivamente no raro aconchego do lar. Permanecendo assim até agora, faltando menos de uma hora para o dia seguinte.

Reparo em minhas dores.

Será que já me perguntei o motivo delas? E porquê independente do momento elas insistem em voltar, me tirando o equilíbrio emocional? Difícil responder...

A maior delas é em decorrência do meu lado emocional, um tanto quanto fraco; demoro a assimilar golpes e encuco muitas vezes com problemas e brincadeiras, das mais tolas possíveis.
Sem egocentrismo, tenho aquele pensamento de que "isto só acontece comigo, e eu não sei me livrar disso". Assim acabo me considerando indiretamente como o centro do Universo, quando na verdade, nunca quis ser.

Falta-me mais jogo de cintura e esportividade para lidar com isso, e não é de hoje. A única coisa que fica é o consolo de já fui pior, muito mais ignorante no passado.
Uma personalidade dessas não me ajudava a ser social, e muitas vezes me senti e acabei só entre os que estavam ao meu redor por conta disso.

As vezes tomo meus problemas de forma muito pública, e por mais tolos que sejam, demonstro clara irritação com eles. Para as pessoas mais próximas (sem ser familiares), isso contribui para piadas, e quanto mais você se irrita, mais eles aumentam. Fatos.
Só neste último que não precisei de muito para conclui-lo.

Não gosto de julgar ou de culpar ninguém; aprendi que as circunstâncias e os ambientes tem influências sobre nós, mas nós somos responsáveis sobre nós mesmos, como já dizia Shakespeare.

Em muitas situações me senti como o maior culpado, até mesmo quando não era. Mas em um problema como este, realmente eu deva ser o maior culpado e tenha procurado o ambiente de solidão que, mesmo sendo instantâneo, tanto esteve comigo ao longo dos anos.

Já chorei e me senti muito mal por conta dessa dor.
Se não mudar este lado agora, não sei mais quando mudarei
. Me preocupo e me revolto até demais com tudo, preciso parar com isso.
Isto vale para todas as dores.

Segue abaixo um curto texto de Julio Amandia, retirado da comunidade "Pequenas Frases Filosóficas" do Orkut:

As dores somem e as vezes voltam, mas nós é que insistimos em buscá-las por não mudarmos nossa conduta, o que nos faz sofrer constantemente por vícios antigos e ainda atuais. Sempre ouvimos ou lemos, de maneira satisfatória, mensagens de mudança interior do 'eu', porém muitas das vezes, permanecemos na preguiça de encarar a nós mesmos, criando com isso, dificuldades da própria superação.

Portanto, sejamos realistas e paremos de esconder de nós as nossas fraquezas, pois o reconhecimento delas é o primeiro passo para um enfrentamento real, sem desculpas e medos.
Ninguém pode dizer melhor quais são os nossos erros e defeitos, do que nós mesmos, pois tudo que precisamos foi inserido por Deus em nossas consciências.


Escrevo e repasso isso por auto-ajuda, e por acreditar sempre que posso mudar.
Sei de meus defeitos, e sei que este é o maior deles. Aprendo e cresço com eles, pois não tenho limite e muito menos final.

Bons conselhos de alguns poucos e bons, aliados a minha força de vontade, esportividade, alegria e sorrisos.
Isto bastará e me faz crer num futuro melhor.

Que não pode ser previsto, porém pode ser inventado.
E é a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A Bola e a Trave

Segundo a Wikipédia (tem fonte melhor para descrever?), um apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto inanimadas como animadas.

Aprendi sobre o assunto nas aulas de português da oitava série havia cinco anos atrás, mas nem me lembrava mais disso. Hoje revirando o armário pra tirar provas e textos da escola, encontrei um que considero como relíquia, pelo conteúdo e pela nota que me ajudou a passar de ano (risos).
Claro que produzir um diálogo entre pessoas ou objetos opostos não é uma tarefa das mais fáceis, mas já deixo uma dica para os que quiserem tentar. Envolvendo, uma de uma das minhas maiores paixões: o futebol.

A seguir: uma bola e uma trave conversando frente a frente - no melhor estilo conversa de MSN -, aproveitem.


"Estádio vazio, desde o jogo que havia acontecido na última quarta-feira. Era um domingo ensolarado, e os portões só iriam abrir as 14h30 para o clássico entre Brasil e Argentina.
Por conta de uma pequena irresponsabilidade do gandula, havia uma bola largada no campo, bem perto da trave. Que logo puxaria assunto com a gorduchinha, uma hora antes da chegada das torcidas:

T- Oi, como você está?

B- Ótima, como sempre. Adoro passear pelo campo nas partidas. E você?

T- Sinceramente, não gosto muito da minha vida.

B- Nossa, e porquê essa tristeza?

T- Ora, eu sempre fico parada aqui, enquanto você passeia no pé de todos os jogadores. O que me consola um pouco é que sou o item fundamental no jogo.

B- Hahahaha, não acredito no que acabo de ouvir!

T- Mas é verdade, basta que pense bem. E você? não se cansa de ser chutada, pisada e dividida? Pois se eu estivesse no seu lugar, me sentiria humilhada.

B- Ah, não fale besteira, você só é a meta para os pontos. E se não fosse por mim, que sou SEMPRE a felicidade de qualquer jogo, você não seria nada!

T- Pelo menos eu tenho alguém que me defenda: o goleiro

B- Mas é claro que ele tem que te defender, pois você não pode sair deste lugar! E particularmente, eu odeio os goleiros...

T- Pára, o goleiro é um cara muito legal. E nas vezes que não pode dar conta do recado, conta com a minha ajuda para rebater.

B- É, isso é verdade.

T- Veja como eu me valorizo. Não tem coisa que deixe o adversário mais nervoso do que uma rebatida minha. Com tanto espaço que eu proporciono e ele vem acertar justamente na minha base... hahahaha.

Faltando alguns poucos minutos, a bola resolve dar o ultimato nessa discussão;

B- Muito bem. Está é a sua vida então? Se for assim, quero resumir a minha também. Já está quase na hora do serviço.

T- Bom, então resuma sua vida. E faça o melhor que puder.

B- Certo, amiga trave. Todos vêm aqui pela mesma razão: me ver. Na verdade, vêm para correr atrás de mim.
Tem gente que sabe me tocar com classe, mas tem outros que me maltratam, me esculacham mesmo. Só que eu não me importo, pode chutar vai, vamos! Eu não ligo.
Adoro estar entre os pés dos jogadores, na cabeça ou no peito. Mas gosto mesmo é de carinho, de saber que sou amada e cumprir meu destino, que é rolar pelo gramado.
E lá vou eu em um dos meus melhores momentos: toques de classe e eu rolando, redondinha e feliz...

T- Puxa vida...

B- Mas não pára por aí. E o chato é que tem sempre alguém me esperando: um goleiro.
Por quê será que eles sempre ficam felizes quando me abraçam?
E por quê existem goleiros se todo quer me ver é chegar lá no fundo, balançar a rede? Não sei disso até hoje...
Meu nome é BOLA, mas também sou chamada de outra forma. Sabe como?

T- Não sei, como é?

B- Da mesma forma que a alegria do povo: de GOOOOOOL!"

Obrigado por terem lido, e mais obrigado ainda pelo dez que recebi (risos)
Essa é pra você também, professora Bel, que me ajudou a ser o que sou hoje.


E que a bola não pare nunca! Afinal, o show tem que continuar!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Melodias que valem por uma vida


"Sem música a vida seria um erro".
Frase do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, um dos maiores pensadores da história alemã e mundial.

Uma frase de composição simples, porém de significado extremamente difícil de ser descrito. Algo natural, pois as vezes não sabemos qual papel a música desempenha em nossas vidas.
Mas sabem que ela se divide em 'n' estilos, gêneros e afins. Não é feita exclusivamente para uma classe social, mas sim para toda uma sociedade, atraíndo qualquer indivíduo que se deixe levar pela sua essência e sonoridade.

Para os compositores, ela os ajuda a se expressar mundo afora. Para nós que ouvimos, ela é capaz de formar opiniões e traz muitos outros bens, que talvez fique até difícil de explicar. Mas vale a pena tentar.

Muitas vezes a música forma o perfil de uma pessoa, e reflete o seu comportamento na sociedade. Não é de se surpreender com o perfil tímido e introspectivo de um amante da música clássica, tampouco com o perfil sistemático e alienado de um fã do 'Heavy Metal'.
São casos bem distintos, e não podem ser tratados sempre como uma verdade, para não semear ainda mais preconceitos na sociedade.

Lembranças. São aquelas tentativas de resgatar momentos ou pessoas do passados (e presente também) em nossas vidas. E todos nós suscitamos lembranças com o auxílio da música, sem exceções.
Podem ser daquela sua turma da escola, dos dias passados ao lado do(a) namorado(a), de um programa ou desenho animado que você costumava assistir, etc.
Quando letras criativas são aliadas a uma sonoridade ímpar, surge uma combinação capaz de trazer momentos bons e ruins, despertando risos ou lágrimas em cada um. Ponto.

Idéias. São pensamentos revolucionários que surgem a qualquer instante e trazem um bem inimaginável ao seu mentor, principalmente.
Não gosto de julgar o gosto musical dos gênios de hoje, mas me arrisco a dizer que, inspirados por seus antecessores, devem gostar da música pop, do rock, ou do reggae, pois são estilos que podem nos desligar da realidade por breves momentos. E são nesses breves momentos que se concebem os mais belos pensamentos.

Para isso, citemos como rápido exemplo o jamaicano Bob Marley, e o maior símbolo do reggae; era um tanto louco, mas em um único momento musical compunha ótimas frases e pensamentos filosóficos que estão presentes até hoje, e nos fazem crer em um mundo melhor, sem guerras, fome, preconceitos, ódio e tristeza.
Essa era a sua vontade quando estava vivo. "And don't worry, be happy!"

Que não é uma frase filosófica, mas é uma filosofia de vida.

Por essas e outras que considero a música como a maior companheira na vida, de modo que a sua ausência na vida fica até impensável. A não ser que alguém não se importe com latidos de cães, choro de crianças, sirene da polícia e bombeiros, além de todo o alarde dos grandes centros urbanos.

A frase de Nietzsche é belíssima, podendo ainda afirmar que a música e a vida não expressam nada além de si mesmas. Estabelecendo elos fisiológicos entre ambas, a música dita o funcionamento do corpo.
Sua ausência beira o impossível, já que nunca há silêncio absoluto.

São sábias as palavras do filosófo.