domingo, 12 de julho de 2009

Nossos primeiros amores

Coisas que todos possuem, e não há como negar.
Aqui lembraremos deles sempre, independente do que possam vir a nos suscitar.

O primeiro amor é um tema que varia muito da pessoa, não existe uma definição exata.
Existem os efêmeros, mas também existem os eternos. Contrariando até quem diz que nada é para sempre...

Pra começo de conversa, creio que ninguém aqui já nasceu amando uma cidade, um país, ator, músico, ou seja lá o que for.
Logo ao nascer e ao decorrer da vida, o primeiro e real amor de uma pessoa é a sua família. Natural, pois é a base de qualquer ser humano; alegria, aconchego e conselhos na melhor das inteções, para seguir firme adiante na vida. Eterno.

O time para o qual torcemos. Amor que vem do coração de cada um, é plantado na infância e daí em diante tende a crescer constantemente. Quando muito forte, nenhuma pessoa mais pode mudá-lo.
No meu caso sou corinthiano fanático (perdoem-me o pleonasmo), mas esse amor e interesse só explodiu mesmo aos 13 anos. Até então confesso que era mais por parte do pai, outro corinthiano.

Perguntei outro dia como seria se eu viesse a torcer para outro time. E me disse que seria o maior desgosto de sua vida (risos), seria algo muito difícil de aceitar, independente de mudar agora ou quando pequeno.
Se bem que no primeiro caso, é muito mais imperdoável; você pode trocar de casa, de carro, de país, enfim, de tudo... mas nunca troque de time. Aí você passa a ser um 'vira-casaca', um sujeito não confiável.

Namoradas(os). Agora cheguei ao ponto que muitos queriam; é o amor carnal compartilhado entre duas pessoas, e que relutamos em dizer que será para sempre.
O(a) primeiro(a) que surge é SEMPRE inesquecível, insistindo em permanecer em nossos corações até o fim.

Dividimos a nossa história com o outro, ao mesmo tempo que ajudamos a construí-la.
A primeira pessoa amada é um dos maiores passos para o nosso amadurecimento. Aceita nossas diferenças, e nos dá mais força para mudar, agradar e ser feliz sempre.
Porém quando o caso acaba, já inicia-se um abalo; é difícil aceitar uma perda, e não remoer o que cada um deixou de fazer para evitar o fim. Mais díficil ainda é não ter alguma queda pelo(a) primeiro(a) e recente 'ex'.

Hoje é um bom dia para que eu toque nesse assunto. Afinal há um ano atrás, nesse mesmo dia 12 de Julho começava a minha história com o meu primeiro amor.
É verdade que não durou muito, mas o suficiente para se tornar inesquecível.
Ainda penso muito nela, e tenho esperanças de reatarmos um dia.

Deixa marcas para os dois lados, e só se guarda o que foi bom. Cada um pode viver feliz, apesar de tudo, sabendo que sempre haverá aquela pessoa que tanto gostou dele(a).

Concluindo que estes são os três maiores casos de amor. E que na verdade, não existe uma escala para qualificar cada um.

Sim, e são os mais puros e verdadeiros.

Que tudo sofrem, acreditam, esperam, curam e suportam.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Reflexões ao nascer do amanhã

Madrugada.

Um dos melhores períodos do dia, na minha opinião.
É nela que as coisas fluem melhor, que a vida se mostra mais tranqüila, nos permitindo criar, ler, escrever, refletir, ouvir música, enfim... esse é o tempo que temos para fugir do estresse e pressões do dia-a-dia.

Não, caro leitor, acredito que minha vida não é nem um pouco tensa e agitada. Isso se for compará-la com a sua e a dos mais próximos ao meu redor. Fato.


E agora ainda não é madrugada para escrever genialidades ou simples pensamentos meus para quem está mais próximo, ou para quem irá ler isso. É questão de necessidade mesmo, e pelas condições externas desta sexta-feira, mais um dia de férias.
Dia chuvoso, frio, e passado unica e exclusivamente no raro aconchego do lar. Permanecendo assim até agora, faltando menos de uma hora para o dia seguinte.

Reparo em minhas dores.

Será que já me perguntei o motivo delas? E porquê independente do momento elas insistem em voltar, me tirando o equilíbrio emocional? Difícil responder...

A maior delas é em decorrência do meu lado emocional, um tanto quanto fraco; demoro a assimilar golpes e encuco muitas vezes com problemas e brincadeiras, das mais tolas possíveis.
Sem egocentrismo, tenho aquele pensamento de que "isto só acontece comigo, e eu não sei me livrar disso". Assim acabo me considerando indiretamente como o centro do Universo, quando na verdade, nunca quis ser.

Falta-me mais jogo de cintura e esportividade para lidar com isso, e não é de hoje. A única coisa que fica é o consolo de já fui pior, muito mais ignorante no passado.
Uma personalidade dessas não me ajudava a ser social, e muitas vezes me senti e acabei só entre os que estavam ao meu redor por conta disso.

As vezes tomo meus problemas de forma muito pública, e por mais tolos que sejam, demonstro clara irritação com eles. Para as pessoas mais próximas (sem ser familiares), isso contribui para piadas, e quanto mais você se irrita, mais eles aumentam. Fatos.
Só neste último que não precisei de muito para conclui-lo.

Não gosto de julgar ou de culpar ninguém; aprendi que as circunstâncias e os ambientes tem influências sobre nós, mas nós somos responsáveis sobre nós mesmos, como já dizia Shakespeare.

Em muitas situações me senti como o maior culpado, até mesmo quando não era. Mas em um problema como este, realmente eu deva ser o maior culpado e tenha procurado o ambiente de solidão que, mesmo sendo instantâneo, tanto esteve comigo ao longo dos anos.

Já chorei e me senti muito mal por conta dessa dor.
Se não mudar este lado agora, não sei mais quando mudarei
. Me preocupo e me revolto até demais com tudo, preciso parar com isso.
Isto vale para todas as dores.

Segue abaixo um curto texto de Julio Amandia, retirado da comunidade "Pequenas Frases Filosóficas" do Orkut:

As dores somem e as vezes voltam, mas nós é que insistimos em buscá-las por não mudarmos nossa conduta, o que nos faz sofrer constantemente por vícios antigos e ainda atuais. Sempre ouvimos ou lemos, de maneira satisfatória, mensagens de mudança interior do 'eu', porém muitas das vezes, permanecemos na preguiça de encarar a nós mesmos, criando com isso, dificuldades da própria superação.

Portanto, sejamos realistas e paremos de esconder de nós as nossas fraquezas, pois o reconhecimento delas é o primeiro passo para um enfrentamento real, sem desculpas e medos.
Ninguém pode dizer melhor quais são os nossos erros e defeitos, do que nós mesmos, pois tudo que precisamos foi inserido por Deus em nossas consciências.


Escrevo e repasso isso por auto-ajuda, e por acreditar sempre que posso mudar.
Sei de meus defeitos, e sei que este é o maior deles. Aprendo e cresço com eles, pois não tenho limite e muito menos final.

Bons conselhos de alguns poucos e bons, aliados a minha força de vontade, esportividade, alegria e sorrisos.
Isto bastará e me faz crer num futuro melhor.

Que não pode ser previsto, porém pode ser inventado.
E é a nossa habilidade de inventar o futuro que nos dá esperança para fazer de nós o que somos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A Bola e a Trave

Segundo a Wikipédia (tem fonte melhor para descrever?), um apólogo é uma narrativa que busca ilustrar lições de sabedoria ou ética, através do uso de personalidades de índole diversa, imaginárias ou reais, que podem ser tanto inanimadas como animadas.

Aprendi sobre o assunto nas aulas de português da oitava série havia cinco anos atrás, mas nem me lembrava mais disso. Hoje revirando o armário pra tirar provas e textos da escola, encontrei um que considero como relíquia, pelo conteúdo e pela nota que me ajudou a passar de ano (risos).
Claro que produzir um diálogo entre pessoas ou objetos opostos não é uma tarefa das mais fáceis, mas já deixo uma dica para os que quiserem tentar. Envolvendo, uma de uma das minhas maiores paixões: o futebol.

A seguir: uma bola e uma trave conversando frente a frente - no melhor estilo conversa de MSN -, aproveitem.


"Estádio vazio, desde o jogo que havia acontecido na última quarta-feira. Era um domingo ensolarado, e os portões só iriam abrir as 14h30 para o clássico entre Brasil e Argentina.
Por conta de uma pequena irresponsabilidade do gandula, havia uma bola largada no campo, bem perto da trave. Que logo puxaria assunto com a gorduchinha, uma hora antes da chegada das torcidas:

T- Oi, como você está?

B- Ótima, como sempre. Adoro passear pelo campo nas partidas. E você?

T- Sinceramente, não gosto muito da minha vida.

B- Nossa, e porquê essa tristeza?

T- Ora, eu sempre fico parada aqui, enquanto você passeia no pé de todos os jogadores. O que me consola um pouco é que sou o item fundamental no jogo.

B- Hahahaha, não acredito no que acabo de ouvir!

T- Mas é verdade, basta que pense bem. E você? não se cansa de ser chutada, pisada e dividida? Pois se eu estivesse no seu lugar, me sentiria humilhada.

B- Ah, não fale besteira, você só é a meta para os pontos. E se não fosse por mim, que sou SEMPRE a felicidade de qualquer jogo, você não seria nada!

T- Pelo menos eu tenho alguém que me defenda: o goleiro

B- Mas é claro que ele tem que te defender, pois você não pode sair deste lugar! E particularmente, eu odeio os goleiros...

T- Pára, o goleiro é um cara muito legal. E nas vezes que não pode dar conta do recado, conta com a minha ajuda para rebater.

B- É, isso é verdade.

T- Veja como eu me valorizo. Não tem coisa que deixe o adversário mais nervoso do que uma rebatida minha. Com tanto espaço que eu proporciono e ele vem acertar justamente na minha base... hahahaha.

Faltando alguns poucos minutos, a bola resolve dar o ultimato nessa discussão;

B- Muito bem. Está é a sua vida então? Se for assim, quero resumir a minha também. Já está quase na hora do serviço.

T- Bom, então resuma sua vida. E faça o melhor que puder.

B- Certo, amiga trave. Todos vêm aqui pela mesma razão: me ver. Na verdade, vêm para correr atrás de mim.
Tem gente que sabe me tocar com classe, mas tem outros que me maltratam, me esculacham mesmo. Só que eu não me importo, pode chutar vai, vamos! Eu não ligo.
Adoro estar entre os pés dos jogadores, na cabeça ou no peito. Mas gosto mesmo é de carinho, de saber que sou amada e cumprir meu destino, que é rolar pelo gramado.
E lá vou eu em um dos meus melhores momentos: toques de classe e eu rolando, redondinha e feliz...

T- Puxa vida...

B- Mas não pára por aí. E o chato é que tem sempre alguém me esperando: um goleiro.
Por quê será que eles sempre ficam felizes quando me abraçam?
E por quê existem goleiros se todo quer me ver é chegar lá no fundo, balançar a rede? Não sei disso até hoje...
Meu nome é BOLA, mas também sou chamada de outra forma. Sabe como?

T- Não sei, como é?

B- Da mesma forma que a alegria do povo: de GOOOOOOL!"

Obrigado por terem lido, e mais obrigado ainda pelo dez que recebi (risos)
Essa é pra você também, professora Bel, que me ajudou a ser o que sou hoje.


E que a bola não pare nunca! Afinal, o show tem que continuar!